terça-feira, 20 de novembro de 2012

A noite do lobisomem


O brilho da lua cheia
Ilumina uma velha estrada
Coberta por um manto de folhas secas.

A passos lentos um pobre camponês caminha
Em companhia do silêncio e da escuridão.
Subitamente, das profundezas do inferno
Ouve-se um uivo...

Os passos são interrompidos,
Um calafrio invade-lhe a espinha,
Seu coração dispara
O suor cobri-lhe o rosto
As pernas não mais lhe respondem
É o domínio do terror!

Sua razão se confunde com a inconsciência,
A coragem dissolve-se na urina,
O medo toma formas indescritíveis,
Minutos se tornam uma eternidade de tortura...

Trava-se a guerra entre a vida e a morte
Os nervos se paralisam,
Pulsos sem impulsos;
Células se contaminam em códigos de socorro
... É a maldição da lua cheia.

Numa velha cabana uma mulher
E uma garotinha aguardam:
Aquela pelo seu amado,
E esta pelo seu amado pai.
A expectativa se extingue ao ouvirem um ruído à porta.

- Querido!
- Papai!
Elas correm em direção à porta...
Violentamente ela é arrancada!
A morte mostrou suas faces
Para quem (ele) mais amava.


Um comentário:

  1. Filhotinho, que talento enorme é este, foi realmente emocionante, eu adorei o que você esta fazendo meu amigo, todo o trabalho está ficando emocionado!

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